12 outubro 2009

Oficina 8

No dia 14 de julho ocorreu a Oficina 8, na Secretaria de Educação.
A mensagem em Power Point, Professores Apaixonados, abriu o início do nosso encontro.
As Unidades 15 (Mergulho no texto) e 16 (A Produção Textual - Crenças, teorias e fazeres) mexeram com as cursistas Carla Luana e Juliana.
Muitas dúvidas de como e quando trabalhar certo tipo de texto foram surgindo, e o encontro foi crescendo e sendo muito válido para todas nós.
Vimos que mais que fazer perguntas sobre um texto (inclusive como vemos nos livros didáticos) é necessário levar em conta não só os dados claros do texto, mas também as inferências, para que haja uma compreensão correta.
Foi muita rica a discussão em torno da "resposta pessoal" geralmente cobrada em avaliações de interpretação de texto, pois não há resposta errsda, mas um entendimento incorreto da leitura.
Discutimos também a necessidade da escolha cuidadosa do texto, levando em conta o interesse e o conhecimento prévio de nossas turmas. Chegamos a (triste) conclusão que nem sempre fazíamos essa escolha cuidosa, e geralmente levávamos em conta nosso próprio gosto, desconsiderando que os adolescentes têm outros interesses e gostos.
A necessidade de orientar nossos alunos para que façam eles mesmo perguntas a colegas para o entendimento do texto também foi abordada, pois é mais rápido e mais fácil o professor questionar e os alunos responderem. O Gestar está ajudando a quebrar essa visão e a mudança vêm vindo aos poucos, de forma gradual. Falo não só pelas minhas cursistas, mas por mim também.
Quando conversamos sobre resumir um texto foi um alvoroço só, pois estamos acostumadas a ver outras disciplinas "resumirem" seus textos apenas cortando ou "editando" frases e parágrafos. Foi importante conhecer que o resumo pode e deve ser uma ferramenta de síntese e compreensão na sala de aula.
Foi engraçada a parte da nossa Oficina que falava sobre o "dom" de aguns alunos na escrita, mais um mito desfeito! Sem a ajuda e a orientação do professor, mesmo o aluno com maturidade e criatividade pode se perder neste processo fascinante que é a escrita de textos.
A polêmica da oficina foi sobre a avaliação dos textos: mesmo relutando em admitir, as correções ortográficas e gramaticais acabam sendo mais importantes que a coerência e coesão dos trabalhos feitos pelos alunos. Acabavam, pois nos comprometemos a equilibrar a correção textual a partir destes conecimentos.
Veio à baila o planejamento da escrita: nós, professores, já dominamos esse processo, mas nosso aluno está empenhado em escrever o texto e entregá-lo o quanto antes, assim a "tortura" (é assim que a maioria vê as aulas de produção de texto) termina. Perdia-se assim a releitura e reescritura do texto, pois pelo modo como cobramos as avaliações eles procuravam apenas pelos erros gramaticais. A partir deste encontro do Gestar vamos procurar tornar mais prazeroso o ato da redação.

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