28 julho 2009

Sementes - John Deere


Um homem trabalhava em uma fábrica distante cinquenta minutos de ônibus da sua casa. No ponto seguinte entrava uma senhora idosa que sempre sentava-se junto à janela. Ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora. A cena sempre se repetia e um dia, curioso, o homem lhe perguntou o que jogava pela janela.
- Jogo sementes, respondeu ela.

- Sementes? Sementes de quê?

-De flores. É que eu olho para fora e a estrada é tão vazia... Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom!

-Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos... A senhora acha mesmo que estas sementes vão germinar na beira da estrada?

- Acho, meu filho. Mesmo que muitas se percam, algumas acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.

-Mesmo assim... demoram para crescer, precisam de água...

-Ah, eu faço a minha parte. Sempre há dias de chuva. E se alguém jogar as sementes, as flores nascerão.

Dizendo isso, virou-se para a janela aberta e recomeçou seu trabalho. O homem desceu logo adiante, achando que a senhora já estava senil.

Algum tempo depois, um dia, no mesmo ônibus, o homem ao olhar para fora percebeu flores na beira da estrada... Muitas flores... A paisagem colorida, perfumada e linda! Lembrou-se então daquela senhora. Procurou-a em vão. Perguntou ao cobrador, que conhecia todos os usuários no percurso.

- A velhinha das sementes? Pois é.... Morreu há quase um mês.

O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. "Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou! "Mas de que adiantou o trabalho dela?Morreu e não pode ver esta beleza toda". Nesse instante, ouviu risos de criança. No banco à frente, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:

- Olha, que lindo! Quantas flores pela estrada... Como se chamam aquelas flores?

Então, entendeu o que aquela senhora havia feito. Mesmo não estando ali para ver, fez a sua parte, deixou a sua marca, a beleza para a contemplação e a felicidade das pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se junto à janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso... E assim, deu continuidade à vida, semeando o amor, a amizade, o entusiasmo e a alegria. O futuro depende das nossas ações no presente, e se semeamos boas sementes, os frutos serão igualmente bons. Vamos semear nossas sementes agora!

Relato da cursista Juliana (Oficina 7) - Avançando na prática

A turma em que realizei o trabalho é de 7º ano. São alunos bem participativos nas aulas de Língua Portuguesa, porém apresentam grande dificuldade na ortografia.
Aproveitei a oportunidade em que a escola está trabalhando sobre o município e construí com os alunos cartazes ilustrativos sobre nossa cidade. Depois da confecção conversamos um pouco sobre nosso município e após cada aluno construiu um texto falando de nossa cidade.
Os alunos gostaram da atividade porque já estavam motivados sobre esse tema.

Relato da cursista Luana (Oficina 7) - Avançando na prática

TP4, página 50
Primeiramente houve a conversa sobre os tipos de festas que existem na cidade de Encruzilhada do Sul.
Após isso, foi questionado aos alunos sobre quais das festas eles mais gostam e as respostas vieram rapidamente.
Então foi solicitado a cada aluno que fizesse um convite para a festa que mais gostavam, e os alunos gostaram bastante da atividade, foram olhando e observando o que os colegas estavam fazendo, davam ideias, pediam ideias, etc.
Resultados: criatividade, diálogo, observação, leitura, escrita, estratégia.

O Menestrel - Shakespeare



Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la... E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam... Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens... Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

Relato da cursista Luana (Oficina 6) - Avançando na prática

Essa atividade foi realizada com o 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz. A turma possui 17 alunos, com faixa etária entre 14 a 18 anos.
A aula foi iniciada pela professora, orientando os alunos sobre a atividade que seria realizada naqueles dois períodos.
A professora entregou a foto (dos trabalhadores) a cada aluno e pediu que observassem bem a foto.
Após alguns minutos a professora os questiona:
- O que veem?
- O que está acontecendo?
- Quem são esses homens?
E os alunos respondem as questões da professora, nem todos tendo certeza do que falavam, principalmente do que acontecia na foto.
A professora então pede que eles elaborem um pequeno parágrafo descritivo, o qual não foi difícil, pois a turma já trabalhou sobre o assunto.
Após isso a professora pediu que eles elaborassem um pequeno parágrafo narrativo sobre a mesma foto, imaginando ações que possam estar ocorrendo ou tenham ocorrido, unindo de forma coerente o primeiro e o segundo parágrafos.
Para terminar a atividade a professora solicita aos alunos que eles acrescentem ao final dos parágrafos uma forma de convencimento da opinião deles, ou seja, deveriam conduzir o leitor para a opinião deles.
A atividade é boa e os alunos não se opuseram em realizá-la, até porque alguns conceitos sobre os tipos textuais eles já tiveram este ano.
Resultados: aprendizagem, observação, descrição, narração, opinião, escrita, diálogo, aula dinâmica.

Relato da cursista Juliana (Oficina 6) - Avançando na prática

A turma em que desenvolvi o trabalho é o 9º ano, composta por 17 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom João VI. É uma turma com grande dificuldade na escrita e leitura devido à maneira de falar dos alunos. São alunos que não desenvolvem o hábito da leitura.
A atividade que escolhi realizar com eles foi sobre uma música escolhida pelos mesmos e então levei uma mais antiga para fazer um contraponto. Cantamos a música e após fizemos uma interpretação oral. Alguns alunos se identificaram muito com a letra. A segunda (um pouco mais antiga) não foi muito aceita pelos alunos, que acharam péssima, chamando-a de "careta". A turma se motivou bastante durante a realização da atividade, porque música é o gênero que eles mais gostam de trabalhar.

Relato da cursista Juliana (Oficina 5) - Avançando na prática

A turma em que eu realizei o trabalho é de 8º ano, da Escola Dom João VI, composta por apenas 9 alunos. É uma turma bem desmotivada em relação à disciplina de Língua Portuguesa.
A atividade que desenvolvi foi sobre textos instrucionais, por ser pouco conhecido, mas largamente difundido em nosso dia-a-dia. Solicitei que cada um trouxesse de casa bulas de remédios, receitas e manuais de instruções.
Dividi a turma em duplas e pedi que fizessem uma análise destes textos verificando qual seu objetivo e a quem se dirigia o texto. Depois de feitas as obsevações, classificaram os textos como tipos injuntivos ou instrucionais, e formaram um conceito citando exemplos. Os alunos acharam muito interessante o trabalho porque não sabiam que manuais de instruções, bulas e receitas também são gêneros textuais e devem ser trabalhados em sala de aula.

Relato da cursista Luana (Oficina 5) - Avançando na prática

Essa atividade foi realizada com o 8º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz. A turma possui 30 alunos, com faixa etária média de 13 a 16 anos.
A aula foi iniciada pela fala da professora, orientando os alunos da atividade que seria realizada naqueles dois períodos. Como a turma é muito boa, logo se interessaram na atividade.
A professora entregou a biografia de Carlos Drummond de Andrade a cada aluno, os mesmos leram silenciosamente e após a pedido da professora houve a leitura oral por parte de alguns alunos.
Logo após as leituras, a professora questiona sobre o texto:
- Do que o texto fala?
- Já leram este tipo de texto?
- O que mais gostaram?
- Tem outros personagens?
- Quem já ouviu falar nesse escritor? ...
Depois destes diálogos sobre o texto, a professora lhes informa que é uma biografia e a mesma os questiona novamente:
- O que é uma biografia?
E um aluno responde:
"Não sei, mas parece que está contando a vida deste cara."
A professora o parabeniza, pois o aluno respondeu a pergunta dela, a partir daí ela explica o que é uma biografia e o que deve conter nela.
Eles ainda comentam:
"É como se fosse descrever uma pessoa."
"Existe biografia de gente viva?"
"Quem ganha dinheiro com isso?".
Logo a professora pede para que os alunos analisem o livro didático da turma e encontrem uma biografia para lerem.
Foi encontrada a biografia de Lampião no livro da turma, a qual foi lida pelos alunos e discutida no grande grupo, analisando os dados e características desta e da outra que a professora trouxe; chegando-se a conclusões coerentes.
Após isso a professora propõe a atividade final, a qual cada aluno produziria uma biografia, sua ou de outra pessoa importante.
Entusiasmados com a morte de Michael Jackson, alguns queriam fazer sobre ele, outros fizeram de amigos, outros fizeram de parentes e outros de si mesmos.
A atividade foi maravilhosa, da qual alunos e professora gostaram de participar.

Fotos da Oficina 7




Relatório: Oficina 7 - Gestar Língua Portuguesa - 02 de julho

O encontro ocorreu na SMEC, das 18h às 21h.
Para motivar as cursitas, assistimos ao vídeo "Menestrel". A seguir, assistimos aos vídeos sobre letramento.
As cursistas fizeram os relatos das atividades realizadas com suas turmas, comentando que alguns resultados das novas práticas adotadas em sala de aula por elas já estão dando frutos.
As discussões sobre letramento foram ótimas, as cursistas deram vários relatos e debateram bastante sobre o assunto.
As unidades 13 e 14 foram bem exploradas. Para complementarem seu aprendizado, as cursistas escolheram realizar em sala de aula a atividade 12 da página 45 e a atividade 11 da página 47. Na página 97 fizeram a análise da capa do livro e resolveram as atividades propostas da página 95. Mais uma vez as perguntas que surgiram no decorrer da realização dos exercícios enriqueceu nosso encontro.
Os planejamentos feitos sobre o poema "Cidadezinha qualquer" foram criativos e certamente serão aplicados nas turmas regidas pelas cursistas.

Opinião da cursista Luana sobre a Oficina 6 (TP3)

Renovação, motivacional.

Opinião da cursista Juliana sobre a Oficina 6 (TP3)

Essa oficina mostrou bem o que a faculdade não ensina. Ensinou a classificar os tipos de textos, porque muitas vezes escolhemos um texto para trabalhar com os alunos sem repensar no seu tipo.

Relatório: Oficina 6 - Gestar Língua Portuguesa - 23 de junho

A oficina 6 ocorreu na Secretaria Municipal de Educação, das 18h às 21h.
As duas cursistas estavam presentes e bastante empolgadas para mais encontro produtivo.
Começamos a noite com uma mensagem chamada "Semente", após assistimos ao vídeo "Aprender a aprender". Já motivadas, as alunas expuseram os trabalhos realizados com seus alunos e fizeram um relato de como desenvolveram esta tarefa proposta pelo Gestar.
A seguir, discutimos exaustivamente sobre os gêneros textuais e sequências tipológicas. Foi ótimo, as cursistas tinham muitas perguntas e também experiências sobre estes assunto, o que só enriqueceu nossa aula.
Dando seguimento à proposta da noite, as cursistas escolheram algumas atividades que acharam interessantes, as resolveram (página 105, atividade 5; página 156, atividade 4) e analisaram com bastante apuro as sugestões de trabalhos do AAA. Desenvolvida a oficina, pudemos perceber que as discussões acerca dos gêneros e sequencias tipológicas foram muito produtivas, as cursistas desenvolveram a atividade sem maiores dúvidas.
Para encerrarmos a noite, as cursistas escolheram o próximo avançando que desenvolverão com suas respectivas turmas e deixei as duas perguntas no ar: "Somos todos letrados nesta sala?" e "Vivemos num país letrado?".