12 outubro 2011

Os segundos


A verdade é bem mais forte...
...vou deixar que o destino mostre a direção!

O sal dos olhos...


Da boca pra fora (Luiz Marenco)


Quando a palavra precisa
Da boca pra ganhar asas
Tem sempre um beijo guardado
Pra esconder o que ela traz
Tem sempre um lindo sorriso
Que sabe estancar a dor...
...porque a saudade faz parte
Da alma de um sonhador.

Cuidamos uma palavra
Pras horas que se precisa
Quando a voz tem sua vontade
E por si se realiza...
E pode, por mal falada,
Ter suas garras afiadas
Deixando a vida marcada
Se o corte não cicatriza.

Tem vezes que a gente chora
Por coisas que nos habitam
Que ficam dentro da alma
Olhando a vida de longe.
Tem vezes que o sal dos olhos
Deixa a tristeza correr...
Mas as lágrimas são minhas
E de quem as merecer.

Quando a palavra incomoda
(talvez por ficar tão presa)
E se acostuma ao silêncio
Que volta e meia impera...
Os olhos voltam pra si,
O sorriso desencanta...
...pela voz que a alma trouxe
E morreu junto à garganta.

Talvez por serem de tantos
E tantas vezes faladas
As palavras trazem a sina
De às vezes não dizer nada.
Mas quando menos se espera
Falam a sua vontade
Deixando dentro da boca
Um gosto ruim de saudade.

Tem vezes que a gente chora!
Mas da boca pra fora...
...não fala nada!

22 julho 2011

Hope!


Iazul (Malba Tahan)


Caso singularíssimo ocorrido com um certo Shack Bock, rei da Pérsia. Esse monarca descobre estranha palavra gravada em joia raríssima. Que disse um "ulemá" para esclarecer o Rei? A palavra mais singular do dicionário, palavra que jamais será esquecida:
- IAZUL!
Esquece, meu bom e dedicado amigo, esquece, por um momento, as tristezas e aflitivas preocupações; livra-te dessa angústia torturante instilada em tua alma pelas incertezas da vida; senta-te, aqui ao meu lado, e escuta, com religiosa atenção, a famosa lenda que os poetas árabes intitularam: Iazul!
Sim, é isso mesmo: Iazul!
Vou narrá-la.
Em nome de Allah, Clemente e Misericordioso! Viveu, outrora, na Pérsia, meio século depois de Timur Lenk, um Príncipe, generoso e bravo, que se chamava Shack Bock. Afirmam historiadores altamente abalizados que esse glorioso Emir tinha, em sua imponente corte, um sábio, mestre e conselheiro, cuja nobre função era orientar o monarca em suas decisões, esclarecê-lo em suas dúvidas e corrigi-lo em seus erros e injustiças.
Esse ulemá, judicioso e previdente, chamava-se Ismail Hassan, e era, pelos nobres muçulmanos, apelidado o Saryh (aquele que é sincero).
Um dia muito cedo, logo depois da prece da madrugada, prece do ritual que os árabes denominam sobh, o Príncipe mandou que viesse à sua presença o douto conselheiro da corte.
Fazia todo o empenho em ser urgentemente elucidado sobre um caso que se apresentava enrodilhado pelo mistério.
Sem perda de tempo, o ilustre Ismail, o Saryh, deixou os seus aposentos, e foi ter ao luxuoso divan (sala de audiências) do soberano persa.
O que teria acontecido? Que caso, assim, tão gravemente intrigava o Rei?
O monarca parecia pálido. Em sua fisionomia morena surgiam, tracejando linhas incertas, as sete rugas da intranquilidade.
Depois das saudações habituais, sem mais preâmbulo, disse o Emir ao judicioso Ismail:
- Acabo de receber, do Khorassan, este pequeno cofre, encontrado pelos meus agentes secretos, entre os despojos do infeliz e estouvado Khalil, senhor de Candahar. Dentro desse cofre vinha, apenas, esse singularíssimo anel de ouro. Desconfio que se trata de joia raríssima, que pertenceu ao grande Timur Lenk. Como poderei descobrir o enigma que envolve esse anel?
E o Príncipe, estendendo a mão, entregou ao douto Ismail o misterioso anel de Candahar.
Ismail, o sábio (Allah, porém, é mais sábio!) examinou detidamente a joia, virando-a e revirando-a na palma de sua mão. E depois de refletir, em silêncio, durante algum tempo, assim falou ao Príncipe, seu amo e mestre:
- Julgo-me capaz de esclarecer esse mistério. Afirmo que uma das peças mais valiosas do tesouro persa acaba de chegar às vossas mãos. Este anel é o precioso e tão ambicionado anel mágico, que pertenceu ao invencível Timur Lenk, o Perseverante (que Allah o tenha entre os eleitos!). Como podeis ver, este anel, no rico escudo em forma de tâmara, ostenta, em letras bem talhadas, a palavra tão bela e sonora: - Iazul.
- Sim, sim - confirmou o Príncipe, muito sério - já o havia notado. No escudo, entre dois brilhantes pequeninos, lê-se a palavra: Iazul. O mistério, a meu ver, permanece. O que significa, afinal, Iazul?
O sábio Saryh ergueu o rosto e, discorrendo em tom pausado e claro, explicou:
- Cumpre-me dizer-vos, ó Rei do Tempo!, que Iazul é uma palavra mágica, de alto e misterioso poder. Asseguro que é a palavra mais expressiva e eloquente entre todas as que figuram no riquíssimo vocabulário persa. É mágica, repito. Reparai bem: tem o dom de nos tornar alegres, quando estamos tristes, e de moderar as nossas alegrias, nos momentos de extrema felicidade e ventura.
- Singular, muito singular - refletiu o Rei. - É, realmente, de alta magia essa palavra que transforma as alegrias em preocupações, e que consegue aniquilar, ou pelo menos conter, as mágoas e tristezas que pesam em nosso coração!
E, fitando gravemente o sábio, acrescentou:
- Mas insisto em perguntar: O que significa essa palavra Iazul? Como podemos traduzi-la?
Respondeu o eloquente e sábio ulemá:
- Iazul, ó Rei!, dentro de sua espantosa simplicidade, significa apenas Isso passa! Ou ainda: Tudo passa! Quando o homem atravessa períodos de felicidade, de alegria cor-de-rosa, de sorte e tranquilidade, deve pensar no futuro e ser comedido em suas expansões, sóbrio em suas atividades. Convém que o afortunado não esqueça: Iazul! (Isso passa!), a roda do Destino é incerta; a vida é cheia de mudanças. Há ocasiões, porém, em que nos sentimos anavalhados pelos sofrimentos, pelas enfermidades, feridos pelas desgraças, caminhando sob a nuvem da má sorte, da ruína e atingidos pelos golpes do infortúnio. Para que o ânimo volte ao nosso espírito, proferimos, cheios de fé, fortalecidos de esperanças: Iazul! (Isso passa!). Sim, tudo passa! Virão dias melhores, dias calmos e felizes; a prosperidade e a boa sorte voltarão a iluminar a nossa jornada; a saúde será reconquistada; a serenidade procurará repouso em nosso atribulado coração!
E, depois de ligeira pausa, o sábio concluiu:
- E assim, ó Rei!, posso afirmar que Iazul, a palavra contida no pequeno escudo deste anel, é mágica! Alivia e abranda as tristezas dos infelizes; controla e arrefece as alegrias alucinadas dos exaltados!
Ao ouvir as eloquentes e judiciosas explicações do velho ulemá, o Rei tomou do anel, colocou-o no dedo indicador da mão esquerda e disse, serenamente:
- Que notável, interessante e proveitosa lição recebi hoje! Conservarei comigo este precioso anel. Jamais esquecerei em todos os momentos culminantes de minha vida, no meio de estonteantes triunfos, ou sob o guante da desgraça, de recorrer ao eterno ensinamento contido nesta palavra mágica: Iazul!
Quero, ó irmão dos árabes!, terminar esta lenda, exatamente como a iniciei:
Esquece, pois, meu amigo, esquece, por um momento, as tuas tristezas e aflitivas preocupações; livra-te desta angústia instilada em tua alma pelas incertezas da vida, senta-te, aqui ao meu lado, e escuta, com religiosa atenção, a palavra mágica Iazul!
E vale a pena repetir: Iazul! Iazul! Isso passa! Isso passa!

21 julho 2011

Running up that hill (Placebo)

It doesn't hurt me. / You wanna feel how it feels? / You wanna know, know that it doesn't hurt me? / You wanna hear about the deal I'm making? / You be running up that hill / You and me running up that hill / And if I only could / Make a deal with God / And get him to swap our places, / Be running up that road, / Be running up that hill, / Be running up that building. If I only could, oh... / You don't want to hurt me, / But see how deep the bullet lies. / Unaware that I'm tearing you asunder. / There is thunder in your hearts, baby. / So much hate for the ones we love? / Tell me, we both matter, don't we? / You be running up that hill / You and me be running up that hill / You and me won't be unhappy. / And if I only could, / Make a deal with God, / And get him to swap our places. / Be running up that road, / Be running up that hill, / Be running up that building, / If I only could, oh... / C'mon, baby, c'mon, c'mon, darling, / Let me steal this moment from you now. / C'mon, angel, c'mon, c'mon, darling, / Let's exchange the experience, oh... / And if I only could , / Make a deal with God, / And get him to swap our places, / Be running up that road, / Be running up that hill, / With no problems.

10 abril 2011

Enjoy the silence (Depeche Mode)


Words like violence / Break the silence / Come crashing in / Into my little world / Painful to me / Pierce right through me / Can't you understand / Oh my little girl // All I never wanted / All I never needed / Is here in my arms / Words are very / Unnecessary / They can only do harm // Vows are spoken / To be broken / Feelings are intense / Words are trivial / Pleasures remain / So does the pain / Words are meaningless // And forgettable / All I ever wanted / All I never needed / Is here in my arms / Words are very / Unnecessary / They can only do harm // Enjoy the silence...

26 fevereiro 2011

Início do ano letivo!

Segunda-feira inicia mais um ano letivo!

Quinta-feira (24/02) ocorreu a Jornada Pedagógica. Pela manhã, na SMECD, os professores foram divididos por área de atuação e fizeram o planejamento do 1º trimestre, com o objetivo de unificar os conteúdos. É realidade no município o alto número de transferências entre os alunos de nossas escolas, a unificação dos conteúdos vai ser ótima para diminuir as possíveis lacunas deixadas pela transferência em relação ao conteúdos trabalhados pelos professores. À tarde, no Clube do Comércio, assisti à palestra motivacional ministrada por Roberto Fehrenbach.

Feliz demais pelas meninas terem aprovado no concurso público e serem minhas colegas (sem depender de contrato). A Luaninha tirou o primeiro lugar no concurso (UAU!), eu tirei o segundo e a Ju tirou o terceiro (todas concursamos para o cargo de professor Língua Portuguesa).

A Luaninha escolheu a E.M.E.F. Cassiano José Moralles, na Coxilha das Figueiras. Foi minha primeira escola trabalhando com as séries finais de LP, fiquei lá 5 anos e tenho muito carinho pelos alunos daquela localidade.

Já a Ju escolheu a E.M.E.F. Bibiano Batista, no Pinheiro. É uma escola muito boa, não tive a oportunidade de trabalhar lá, mas os elogios são muitos.

Sexta-feira (25/02) fui à escola (Dom Marcos, E.M.E.F Marechal Rondon) para a reunião geral. Além de um café ex-ce-len-te de boas vindas, conheci os colegas novos que farão parte da nossa equipe.

De antemão sei que minhas turmas neste ano não serão muito numerosas, pela contagem inicial terei 21 alunos no 6º ano, 15 no 7º, 21 no 8º e 14 no 9º. Geralmente nas primeiras 3 semanas sempre há mais matrículas, mas mesmo que entrem mais alguns alunos ainda assim serão turmas pequenas, o que sempre facilita a qualidade do trabalho, pois pode-se dar um atendimento maior a cada aluno. Com turmas muito numerosas é bem complicado...

Agora é terminar os preparativos para segunda-feira, e começar esse ano letivo de 2011 com muita energia!!!

24 março 2010

Visita ao projeto - Cursista Carla Luana



A professora Carla Luana iniciou seu projeto de leitura na Escola São Luiz no dia 19 de março, na turma 61. O livro escolhido foi O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado, pelas inúmeras possibilidades de exploração que o livro permite e também por possuir uma linguagem acessível e interessante aos alunos.
A cursista primeiro explorou a capa do livro: título, uso das cores e desenhos e autor, instigando os alunos a imaginarem do que a história se trata, já que nenhum deles conhecia a obra.
Várias foram as opiniões, os discentes acreditavam se tratar de um gato que provavelmente havia feito uma andorinha de almoço. Aproveitando o interesse dos alunos, foi iniciada a leitura por uma aluna de um pequeno trecho. Infelizmente não se passou da "Apresentação - Um caso de amor" por ter soado o sinal para o término da aula, mas foi evidente o interesse da turma em querer continuar a leitura nas próximas aulas para acompanhar o desenrolar da história.

Vivenciando a prática - Cursista Carla Luana Moraes




No dia 19 de março a cursista Carla Luana realizou sua última oficina (TP2). Levou aos alunos da turma 61, na escola São Luiz, diversas imagens reproduzidas em folhas xerocadas para que observassem.
Realizando uma exploração oral, a professora orientou os alunos para que percebessem detalhes das obras (Pietà, de Michelangelo; Conjunto de Zé Caboclo, da coleção do Museu Casa do Pontal, no Rio de Janeiro; Mona Lisa, de Leonardo da Vinci; As meninas, de Diogo Velásquez e ainda uma fotografia de dois primatas). Os alunos estavam bastante motivados e iam relatando oralmente cada detalhe que numa primeira observação passara despercebido.

Após explorarem oralmente e visualmente todas as imagens, a professora pediu que dessem atenção maior à reprodução do quadro As meninas, de Diogo Velásquez. Como o xérox não tinha boa nitidez por ser em tons de preto e branco, os alunos não tinham muita certeza dos detalhes que tentavam relatar. Carla Luana apresentou então a eles uma reprodução colorida em forma de pôster do quadro "As meninas". Interessados, os alunos procuraram observar a maior parte dos detalhes antes não tão visíveis no xérox. A professora novamente explorou tudo que pudessem ter reparado no quadro, lançando perguntas instigadoras. A seguir situou o quadro lendo um breve resumo da obra e do pintor, situando-os no espaço-tempo.
Aproveitando o interesse e motivação dos alunos, a professora pediu que produzissem um texto descritivo a partir do quadro de Velásquez, tarefa que cumpriram com bastante desembaraço. Alguns alunos, inclusive, foram diversas vezes ao lugar que a professora havia apoiado o pôster para descrever detalhadamente a pintura.